Numa escala de 0 a 10, o Brasil tirou a nota 5,4. Apenas 1,9% dos brasileiros vive em cidades com índice de 7 em diante.
Tão frios como esses números, é ver pessoas morrendo por falta de atendimentos médico adequado, greves em hospitais que atendem à população mais carente e revoltante é constatar que, aos poucos, os cidadãos esquecerão o assunto como se ele fosse o mais irrelevante de suas vidas.
Deve-se enxergar nessa divulgação a pesquisa do SUS uma ótima notícia, pois saímos das eternas reclamações para uma informação concreta. O IDSUS é uma radiografia feita nesse país disforme e cheio de desigualdades regionais que é o Brasil.
Saúde pública só vira assunto às vésperas de cada eleição. Aí o grito é geral, a discussão é rasa e quase sempre impera a regra "abafa o caso".
Não há pressão popular por melhorias na intensidade necessária. O que não dá mais para aceitar é justamente o não-debate, nem a indiferença de que mais cedo ou mais tarde, o Brasil terá de fazer escolhas. Terá que decidir quais remédios, quais serviços e em que situações o SUS deve oferecê-los.
É preciso reconhecer que o Sistema Único de Saúde não é o único. Há no Brasil dois SUS. O que funciona e o que fracassa, e este dado não pode ser restrito aos médicos, nem aos economistas. É preciso sentir que eles dizem respeito a todos nós.
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